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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Crack nem pensar


O crack pela forma de uso é mais potente do que qualquer outra droga e a dependência ocorre já na primeira pedra, de fácil acesso de custo baixo revela-se ilusório,empurrando para o precipício da fissura, o dependente precisa fumar 20 a 30 vezes por dia   não tem cheiro e o efeito é imediato, aprisiona  pacientes e seus familiares.O dependente desfaz-se de todos os bens, furta a família e amigos e por fim começa a cometer crimes para sustentar o vicio. No centro de São Paulo há um cenário  de terror , triste, lastimável e despresivel que podemos ver, frequentado desde crianças a idosos, mulheres gravidas, todos em condições que não da nem para chamar de subhumana de tão trágico,

Andréa Graiz

O que é o crack

A pedra de crack e com uma mistura de cocaina e bicarbonato de sódio ou amonia, em forma solida permite ser  fumada

Como é o uso

O usuário queima a pedra de crack em cachimbos e aspira a fumaça, o crack tambem é misturado à cigarro de maconha  chamados de piticos.

O efeito

O crack chega ao celebro em oito a doze segundos e provoca intensa euforia e autoconfiança, essa sensação persiste por cinco a dez minutos para comparar: ao ser cheirada. a coina em pó leva 10 a 15 minutos para começar a fazer efeito.

A dependencia 

A fumaça do crack atinge o pulmão, entra na corrente sanguínea e chega ao celebro, é a forma de uso e não a composição que torna a pedra mais potente

SaboresCrackSr. Corifeu


Li um artigo sobre a Cracolandia que descreve parte do horror que é uma madrugada neste local: 

Veja:
A madrugada foi intensa: viciados, pressão da polícia, spray de pimenta (não em mim, mas bem perto), comércio de bugigangas, respeito dos viciados pelo pessoal do Cena, crianças, velhos, mulheres, homens, cachorros, ratos, muitas histórias. Nós, da missão, somos praticamente invisíveis. Segundo o pessoal do Cena os locais só vêem duas coisas: dinheiro e crack.
Nos aproximamos de alguns individualmente, perguntamos nome, história, deixamos palavras de esperança e o convite pra receber ajuda na sede do Cena. No expediente da sede o morador da região recebe atenção, higiene pessoal, roupas, comida, assistência médica e jurídica e a oportunidade de ir pra uma clínica de recuperação, se assim ele desejar.
Já ouvi dizer que os viciados estão lá por escolha própria, concordo que parte deles sim, está lá por consequência de escolhas que fizeram, mas me pergunto:Uma criança de 10 anos, viciada em crack, com o pé inchado de andar descalço, que mal consegue conversar por sequelas da droga, teve tempo de fazer escolhas?
Trouxe muitas histórias dessa experiência, aprendi muito mais com eles que eles comigo, e quero compartilhar uma história especial:

Madrugada de sexta pra sábado, 3am, cracolândia, Centro de São Paulo, os viciados chegam a fechar a rua. Num cruzamento contei aproximadamente 80 pessoas em volta de nós, comprando, vendendo, trocando, conversando, gritando e, principalmente, fumando crack. O barulho é ensurdecedor, não pelos decibéis – que se aproximam de uma praça de alimentação de shopping lotada ou pátio de escola em recreio -, mas pela tensão, há violência, dificilmente física, mas sempre psicológica e social. É como estar dentro de um barril de pólvora rolando ladeira abaixo.
Em meio ao frenesi da madrugada na Cracolândia, passou um casal: senhor de aproximadamente 50 anos, guarda-chuva na mão, Biblia embaixo do braço, roupas simples, camisa, calça social, sapatos. A esposa de mesma faixa etária usava saia até os joelhos, blusa branca, bolsa pequena na mão, cabelo amarrado, Bíblia embaixo do braço também. Eles não tem ligação com o Missão Cena. Observei o comportamento dos dois por algum tempo.
O casal passava em meio aos viciados, abordava um deles por 3 segundos pra dizer bem baixinho “Jesus te ama”, ou “Deus de abençoe meu filho”, e seguia a caminhada pra abençoar mais um, discretamente. Os dois não demonstravam medo, dúvida, nojo, desprezo. Não esperavam que o viciado se convertesse naquela abordagem e não alongavam a interação.
Eram 3 da madrugada de sexta pra sábado, eles podiam estar em casa dormindo, fazendo sexo entre si, ou ela fazendo sexo com o vizinho e ele com uma mulher de 20, ou trabalhando numa lanchonete 24h, ou bebendo e se divertindo num bar. Mas eles estavam na cracolândia, caminhando onde eu não tenho vontade de andar, respirando um ar que me fez sentir vontade de vomitar o resto da noite, falando com gente que eu não queria acreditar existir, colocando em risco a vida do cônjuge e a sua própria.
O casal estava lá pra dar atenção, por acreditar ser importante levar uma mensagem de esperança, por acreditar nunca ser tarde pra recuperação. Fazem isso com motivação e sem esperar reconhecimento de qualquer outra pessoa. Nenhum ser humano fora dali vê ou reconhece seu trabalho – eu estou reconhecendo, mas nem sei seus nomes -, não há promoção garantida, recompensa em dinheiro, acúmulo de bens materiais. Eles fazem aquilo que acreditam ser certo, e vão embora incógnitos, pra voltar daqui uns dias e continuar a missão.
Amor incondicional é isso.
Se, em 50 anos de “Deus te abençoe” sussurrados na cracolândia, o amor desse casal ajudar a libertar um único viciado, quem esteve lá ontem sabe que valeu o esforço.


Veja reportagem da mãe que matou o filho dependente de crack



Cracolandia o Umbral na Terra



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